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Filme

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Uma história de amor e fúria

 

“Uma história de amor e Fúria”, de Luiz Bolognesi. Esse filme brasileiro, estreado em 2013, com duração de 1 hora e 15 minutos, é uma animação que retrata diferentes momentos históricos do Brasil, de modo a entrelaçar os eventos de cada um desses momentos à vida das personagens, especialmente à vida do personagem principal e narrador da história em foco.

 

O filme se inicia com uma cena de um Brasil distópico, do ano de 2096, em que o personagem principal da trama, diante de uma situação crítica, reflete sobre os acontecimentos de sua vida. Com a afirmação de que “viver sem conhecer o passado é andar no escuro”, o foco narrativo se desloca para o Brasil Colônia, do ano de 1566, em que o personagem principal começa a fundamentar sua afirmação por meio de referências a lutas que travou ao longo de quase 600 anos de vida para se encontrar e conviver com sua amada em diferentes momentos históricos do Brasil.

 

Além da luta entre tupinambás e tupiniquins, no Brasil Colônia, o narrador personagem de “Uma história de amor e fúria” também participa da Balaiada, revolta popular ocorrida no Maranhão durante o Brasil Império, e de movimentos contra a Ditadura Militar, entre os anos de 1964 e 1985. A habilidade que possibilita o personagem principal da trama vivenciar todos esses momentos históricos se manifesta ainda em sua vivência como índio no Brasil Colônia e é guiada tanto por seu envolvimento com uma moça por quem se apaixona quanto por sua responsabilidade de lutar contra os males de seu tempo.

           

O objetivo de assistir a esse filme na disciplina E agora, José? Preciso escrever uma redação! era instigar os alunos a perceberem como os eventos históricos e as dinâmicas sociais interferem em nosso cotidiano e em nossa constituição enquanto sujeitos concretos e únicos. Além disso, outro objetivo de assistir a esse filme era o de preencher as lacunas argumentativas que apareceram durante a realização do debate e durante a escrita dos textos dissertativo-argumentativos, de modo a oferecer mais subsídios aos alunos para que fundamentassem com mais consistência suas argumentações.

Documentário

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Nunca me sonharam

 

“Nunca me sonharam”, de 2017, dirigido por Cacau Rhoden e produzido por Maria Farinha Filmes. Esse documentário brasileiro, de 1 hora e 24 minutos de duração, convida a um diálogo sobre a realidade de jovens estudantes do Ensino Médio da rede pública de ensino do Brasil.

           

O documentário se inicia com o artigo 205 da Constituição Federal, de 1988, que institui que “a educação, direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. A partir desse artigo, já é possível entrever a ligação que o documentário estabelece com os objetivos desta pesquisa e com os temas discutidos em sala de aula ao longo da disciplina E agora, José? Preciso escrever uma redação!

           

“Nunca me sonharam” é dividido em sete partes, sendo que cada parte é constituída por discursos de estudantes do Ensino Médio da rede pública de ensino de diversas regiões do país e por discursos de diversos profissionais envolvidos com a educação do Brasil. As partes do documentário são intituladas “Tempestade e trovão”, “A chave”, “Nunca me sonharam”, “Grades”, “Utopia”, “Orquestra” e “Tâmaras”. Em cada uma dessas partes, narrativas de inúmeros jovens e profissionais da área da educação são apresentadas de forma a fazer o interlocutor se questionar sobre como nós, enquanto sociedade, estamos cuidando e valorizando a qualidade da educação oferecida aos jovens em uma das fases mais sensíveis e transformadoras de suas vidas.

           

Na aula em que assistimos ao documentário, para que os alunos pudessem socializar o que haviam assimilado, interrompemos o filme antes do início da quinta parte, “Utopia”. A interrupção nesse momento do documentário foi estratégica, uma vez que os alunos haviam sido estimulados a se questionar sobre os limitados espaços de atuação que encontram nas escolas, pois esse foi um dos assuntos da parte intitulada “Grades”.

           

Um dos objetivos dessa socialização, que se tornou uma roda de conversa, era fazer com que os alunos conectassem todos os temas ora discutidos na disciplina com as suas próprias realidades enquanto jovens estudantes do Ensino Médio da rede pública do Brasil. Desse modo, iniciamos a roda com uma discussão sobre a falta de espaço que os alunos encontram em suas escolas para dialogar e atuar sobre questões diversas. Os alunos comentaram sobre situações em que foram silenciados ou subestimados dentro da instituição, o que fez com que não se sentissem importantes dentro e fora da escola

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